O Mercado

Por que Investir em Terras Agrícolas?

O investimento em terras agrícolas é uma das formas mais sólidas de preservação e crescimento patrimonial. Baseado na Lei da Oferta e Demanda, este tipo de ativo se apoia em fundamentos econômicos consistentes: enquanto a demanda global por alimentos, fibras e energia cresce, a oferta de terras agrícolas permanece limitada a uma oferta fixa, e em que em alguns países tende a se reduzir.

Crescimento populacional e aumento da demanda global

De acordo com a ONU, a população mundial deve ultrapassar 9,7 bilhões de pessoas até 2050, o que exigirá um aumento de 60% na produção agrícola mundial. Mais pessoas precisarão ser alimentadas pela mesma quantidade de terra ao longo do tempo.

A densidade populacional por hectare agrícola que era de 81 habitantes por 100 hectares em 1970 tem previsão de alcançar 202 habitantes por 100 hectares em 2050.

Mudanças nos padrões de consumo:

Com o aumento da renda em países emergentes, o consumo de proteína animal e de produtos industrializados cresce, o que eleva a demanda por grãos como soja e milho.

A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) projeta um aumento de 12,6% no consumo de carnes até 2032, impulsionando o uso de áreas agrícolas.

O aumento do PIB per capita global, especialmente entre US$10.000 e US$18.000, historicamente acompanha um crescimento no consumo de alimentos.

Expansão de novos mercados: biocombustíveis e SAF

A busca por energia limpa amplia a demanda por matérias-primas agrícolas como a soja, cana-de-açucar e milho para a produção de biodiesel, Óleo Vegetal Hidrotratado (HVO), e Combustível de Aviação Sustentável (SAF).

A União Europeia e outros blocos econômicos já criam regulamentações para ampliar o uso desses combustíveis, o que fortalece o papel do Brasil como fornecedor global.

Escassez de terras agrícolas e valorização contínua:

Apenas 2,4% da superfície terrestre é classificada como terra agrícola, e as pressões ambientais (ESG) limitam ainda mais a expansão de novas áreas. Com oferta restrita e demanda crescente, as terras produtivas tornam-se um ativo cada vez mais valioso.

Entre 2002 e 2023, o preço médio global de terras agrícolas têm apresentado crescimento de 10% ao ano, e no Brasil, esse índice foi ainda maior em regiões produtoras de grãos, café e cana-de-açúcar.

Oportunidades de Investimento no Brasil

O Brasil ocupa posição estratégica no cenário global da agricultura. É um país com clima favorável, disponibilidade hídrica, tecnologia de ponta e vasto território agricultável e, acima de tudo, com preços por hectare ainda acessíveis em comparação a países desenvolvidos.

Liderança mundial em produção e exportação

O Brasil é líder mundial na exportação de soja, milho, café, açúcar e carnes, além de figurar entre os maiores produtores de algodão e etanol. Essa posição reflete a competitividade do setor e o potencial de longo prazo do país como fornecedor global de alimentos.

Força do agronegócio na economia nacional

O agronegócio representa 23,8% do PIB brasileiro, responde por mais de 50% das exportações e gera 26,8% dos empregos do país. O setor mantém resiliência mesmo em períodos de instabilidade global, o que reforça o caráter defensivo dos investimentos em terras.

Potencial de expansão sustentável

O Brasil possui cerca de 200 milhões de hectares de pastagens, com mais de 30 milhões aptos à conversão em agricultura sem necessidade de desmatamento, segundo a Embrapa. Esse potencial de expansão sustentável torna o país um dos principais protagonistas no aumento da produção global sem comprometer o meio ambiente.

Infraestrutura e logística em evolução

Investimentos públicos e privados em ferrovias, portos e corredores logísticos ampliam a competitividade das regiões produtoras. Exemplos como a Ferrovia Norte-Sul e o Arco Norte reduzem custos e tornam o escoamento mais eficiente, fator essencial para a valorização de fazendas em regiões estratégicas.

Valorização e acessibilidade

Enquanto o preço em algumas áreas da terra agrícola nos EUA ultrapassa US$ 15.000 por hectare, no Brasil ainda há regiões produtivas com valores inferiores a US$ 4.000 por hectare, diferença que cria espaço para forte valorização futura.

Investir em terras agrícolas é participar de um dos poucos ativos reais com potencial de gerar renda, proteger contra a inflação e preservar valor ao longo do tempo.

No Brasil, a combinação de escassez global de terras, produtividade crescente e relevância do agronegócio faz das terras agrícolas uma oportunidade estratégica, especialmente para quem busca diversificação, segurança patrimonial e valorização de longo prazo.

Fontes: ONU (2024); FAO (2023); OCDE (2023); Embrapa Territorial (2024); IBGE (2024); Ministério da Agricultura e Pecuária (2025); CNA (2025); CNT (2025); USDA (2024); NCREIF Farmland Index (2023).

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